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Levantamento e análise de medidas econômicas adotadas durante a pandemia Covid-19 - Caio Vilella, Camila Vaz e Julia Bustamante

O GESP/IE-UFRJ realizou um levantamento compreensivo das medidas econômicas que vêm sendo implementadas pelo governo brasileiro no combate aos efeitos gerados pela crise sanitária que nos atingiu. Os resultados são apresentados nesta nota de política econômica  bit.ly/gesplevantamentocovid , que sintetiza as principais medidas e as avalia criticamente, bem como na tabela anexa à nota, que apresenta cada uma das medidas levantadas pelos pesquisadores. Os eixos analisados estão divididos em: 1) alterações orçamentárias; 2) Abertura de créditos extraordinários; 3) Política monetária/creditícia e; 4) medida de apoio aos Estados e Municípios.

Financiamento do gasto público, controle da(s) taxa(s) de juros e a dívida pública - Kaio Pimentel e Norberto Martins

Está rolando um intenso debate no Brasil sobre o financiamento dos gastos públicos e a relação entre as políticas fiscal e monetária. O GESP analisa as principais questões desse debate nessa nota: https://tinyurl.com/ybq6nhuf . São quatro principais conclusões: 1. O “financiamento monetário” do déficit também tem impactos sobre a dívida pública devido ao atual arranjo institucional de política monetária. Entretanto, sob nenhuma hipótese, o governo brasileiro encontra restrições para financiar suas despesas em moeda local. 2. Sempre que o governo federal gasta, debita-se a Conta Única e aumenta-se a quantidade de moeda disponível na economia. Essa mecânica não resulta, automaticamente, em mais inflação. Isso dependerá das condições da economia, da ociosidade dos recursos e dos custos. 3. Ainda que fixar a taxa Selic em zero seja sedutor, a medida pode trazer efeitos colaterais indesejados. O Banco Central deve ir tão longe quanto possível nessa empreitada. Mas deve pesar seus impactos s

Crescimento do gasto público, tributação e dívida pública - Carlos Pinkusfeld e Gabriel Aidar

Juntamente com pandemia de Covid-19 surgiu a emergência de uma intervenção do governo sobre a economia. Apresentaremos aqui as principais proposições e suas consequências. https://www.excedente.org/blog/crescimento-do-gasto-publico-tributacao-e-divida-publica/ O governo atual permanece preso às premissas fiscalistas que vigoravam no pré-crise, atrapalhando as medidas emergenciais fundamentais para o enfrentamento da crise. Entretanto, o discurso dos analistas econômicos mudou. A ideia de que o “dinheiro do país acabou” passa a ser totalmente ignorada sob o novo consenso que se forma. Infelizmente, há um ruído desnecessário sobre o financiamento de curto prazo que SEMPRE é resultado de criação de crédito nas contas de bancos privados a partir de saques da Conta Única do Tesouro Nesse sentido todo o financiamento de um gasto é resultado de criação de moeda pelo governo. Um debate mais relevante trata dos impactos do gasto público e do déficit sobre a emissão de dívida e aumen

Por que os estados e municípios precisam de auxílio em meio à pandemia da Covid-19?

Com o cenário desenhado pela pandemia do Novo Coronavius, o GESP discute a questão urgente do auxílio a estados e municípios. https:// ie.ufrj.br/images/IE/home /noticias/Auxi%CC%81lios%20Estados%20e%20Muni%CC%81cipios%20Gesp%20IE%20UFRJ_vf3.pdf … Nesta nota apresentamos uma síntese das ações necessárias para que se mantenha um nível mínimo de renda e emprego: 1. Suspender todo o serviço da dívida dos estados e municípios, não apenas com as instituições financeiras federais, mas também com a União, por 2 anos; 2. Recompor o repasse dos fundos constitucionais FPE e FPM por 2 anos; 3. Garantir transferências a estados e municípios para áreas essenciaisao combate à pandemia, em especial, ao complexo econômico e industrial da saúde,de acordo com a capacidade e necessidade de cada ente; 4. Garantir transferências para a provisão dos demais de serviços públicos durante a pandemia, com base em estimativas de perdas de arrecadação e out

Juros e Câmbio: já temos problemas suficientes - Julia Braga e Franklin Serrano

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O cenário de deflação e queda brutal do PIB é motivo para intensificar a queda da SELIC (como fez o Federal Reserve com a FFR) ? www.excedente.org/blog/juros-e-cambio-ja-temos-problemas-suficientes/ Resumo da nota de Julia Braga e Franklin Serrano :  À taxa de juros externa (FFR), é preciso adicionar dois outros elementos: 1° o risco de default precificado nas medidas de risco país (como o EMBI ou CDS). Observamos a importância dessa variável no artigo com o @cieplinski  e o Ricardo Summa. https://revistas.face.ufmg.br/index.php/novaeconomia/article/view/3274 Nos últimos meses a taxa SELIC encostou na taxa do Federal Reserve acrescentada do prêmio de risco: Em segundo lugar é preciso considerar um “risco cambial” captado nas expectativas de desvalorização cambial. Nos últimos meses essas expectativas subiram devido à grande fuga de capitais dos países emergentes para a “segurança” das treasures americanas. Um processo de fuga de capitais provoca uma desvalorização cambi